quarta-feira, 1 de julho de 2020
HISTÓRIA & NARRATIVAS CINEMATOGRÁFICAS: OFICINA DE USO NAS AULAS DE HISTÓRIA
Caros leitores, saudações!
Como o texto é voltado para
alunas/os e professoras/es de História, mas, é divulgado em uma mídia popular e
simples, optei por expor as ideias de forma mais ligeira e sem profundar muito
em questões teóricas. Mas, ao contrário de muitos animadores de auditório que
se autointitulam especialistas e até filósofos, o leitor sempre vai encontrar
as referências teóricas e/ou empíricas que sustentam meus argumentos nos artigos
e/ou livros que indico como referência.
INTRODUÇÃO
QUESTÕES PRELIMINARES
A primeira, pode ser definida como ingênua e sugere que o analista se submeta, deliberadamente, aos apelos da obra para, somente depois, pensar a seu respeito, a partir de repertórios sobre o tema, prévios e/ou posteriores. Sendo a obra reconhecida como detendo méritos por especialistas, isso é quase uma exigência a ser cumprida. A submissão é, inclusive, importante para a análise. Nesse sentido, sempre sugiro aos meus alunos que não leiam qualquer análise sobre as obra antes de a estudarem somente com o repertório que já detém, para depois avançarem nas leituras.
LETRAMENTO AUDIOVISUAL
LETRAMENTO AUDIOVISUAL 1 / HISTÓRIA DO CINEMA: uma introdução
Existem muitas possibilidades de conhecer a história do cinema. Na internet é muito fácil de encontrá-las, em textos, em blogs, em videos.
O cinema reinventando a escola – Um diálogo da Educomunicação com o filme A invenção de Hugo Cabret / The cinema reinventing the school – A dialogue between Educommunication and the movie Hugo
No Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=z9jERzjRdXw
LETRAMENTO AUDIOVISUAL 2
Caverna de Lascaux, França. Foto: Everett - Art / Shutterstock.com |
Imagem e informação acima: http://tudosobrecienciatecnologia.blogspot.com/2018/03/arte-rupestrea-mais-antiga.html
LETRAMENTO AUDIOVISUAL 3
Eles elegem uma comissão, que é responsável por fazer o pedido junto à sub-prefeitura. A secretária da prefeitura reconhece a necessidade da obra, mas informa que não terá verba para realizá-la até o final do ano. Entretanto, a prefeitura dispõe de quase R$ 10 mil para a produção de um vídeo. Este dinheiro foi dado pelo governo federal e, se não for usado, será devolvido em breve.
Surge então a ideia de usar a quantia para realizar a obra e rodar um vídeo sobre a própria obra, que teria o apoio da prefeitura. Porém a retirada da quantia depende da apresentação de um roteiro e de um projeto do vídeo, além de haver a exigência que ele seja de ficção.
Desta forma os moradores se reúnem para elaborar um filme, que seria estrelado por um mostro que vive nas obras de construção de uma fossa."
ESCOLHENDO/SUGERINDO FILMES I
A
respeito da escolha dos filmes e como eles podem colaborar com o
ensino/aprendizado da história/História, muito pouco se tem debatido a
respeito. A ausência de debate naturaliza o "senso comum" que se
estende da crença de que o filme "é verdade" - ficção e/ou
documentário, até o limite da ideia de que não é necessário criticar todos os
elementos que o filme apresenta com relação a realidade que ele pretende dar a
ver.
A
prática consiste em erro sério para todo tipo de obra da cultura, mas que se
agrava no caso de filmes. Afinal, o cinema lida, virtualmente, com
representações que visam, exatamente, a criação de uma “impressão de realidade”
para o público. Se a primeira abordagem de um filme amplia esta pretensão, ao
não submeter o processo de seleção a uma crítica mais severa, todo o trabalho
posterior fica comprometido.
Inicialmente,
é fundamental reconhecer que os filmes não precisam ter como foco ou objeto de
reflexão os temas ligados aos conteúdos de qualquer disciplina. Não! Ao
contrário do que se “acredita”, os filmes sempre podem sugerir muitas questões
e/ou temas (, inclusive) históricos. Mesmo que não esteja entre as pretensões
dos realizadores tratar, deliberadamente, de história/História ou de outras
áreas – o que é legitimo, uma vez que
cinema é, também, entretenimento – um filme sempre pode ser objeto de análise
por parte de um pesquisador e/ou professor.
Assim
como as demais manifestações da cultura, qualquer filme pode ser interrogado
academicamente, pode ser investigado por um pesquisador/professor das Ciências
Humanas. Há, certamente, necessidade de formação na área da pesquisa pretendida
e, também, que o pesquisador domine um aparato de teorias e métodos para
realizar a investigação.
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Caros leitores, saudações! Sou o professor Roberto Abdala, doutor em História (UFMG) e mestre em Educação (UFMG). Leciono História h...
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Um sitio muito bom para educadores e outros é VEDEO CAMP https://www.videocamp.com/pt/filmmakers/caliban Caliban produções cinematográficas...
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O primeiro passo numa caminhada visando a um “letramento audiovisual” é, certamente, assistir a filmes. Lógico, a seguir deve-se analis...